Objetivo
O Centro de Controle de Zoonoses é uma unidade de saúde pública tem como objetivo prevenir e controlar as zoonoses - doenças naturalmente transmissíveis entre os animais e os seres humanos - zoonoses, doenças transmitidas por vetores e os agravos produzidos por animais peçonhentos e controle de animais incômodos.
Dentre as zoonoses de importância para a Saúde Pública e incidentes em áreas urbanas destacam-se a raiva, leptospirose, tuberculose, brucelose, toxoplasmose, entre outros.
As doenças transmitidas por vetores dependem de um animal invertebrado que transfere de forma ativa um agente etiológico (bactéria, vírus, protozoário) de um animal, inclusive o ser humano para outro. As principais doenças transmitidas por vetores são a dengue, febre amarela, malária, leishmaniose, doença de chagas e doenças transmitidas por carrapatos.
O que é o CCZ? / Contato - Fale Conosco
O Centro de Controle de Zoonoses do município de São José dos Campos é uma unidade da Secretaria de Saúde. Atua na promoção à Saúde Pública e em Educação em Saúde.
É responsável pela vigilância, prevenção e controle de zoonoses (agravos e doenças transmitidas por animais), controle de populações de animais domésticos (cães, gatos), recolhimento de animais de grande porte, orientação, prevenção e controle de populações de animais sinantrópicos (morcegos, pombos, roedores, mosquitos, entre outros) e controle e vigilância de vetores.
O CCZ é dividido em três vertentes: Arboviroses (vetores), Bem Estar Animal (canil e animais de grande porte) e Zoossanitária (fauna sinantrópica, peçonhentos e doenças zoonóticas). Também realiza a campanha de vacinação antirrábica anualmente, encaminhamento semanal para laboratórios oficiais de amostras de animais suspeitos de doenças zoonóticas e a observação de animais com sintomatologia neurológica visando à vigilância da raiva.
E-mail: ccz@sjc.sp.gov.br
Solicitações: 156
Para maiores informações ligue (12) 3931-2292 ou (12) 3934-4923
Formulários / Duvidas Frequentes
EM CONSTRUÇÃO
Zoossanitária
Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, mesmo contra da vontade deste, interagindo de forma negativa, causando transtornos ambientais, econômicos ou à saúde pública. Podem ser peçonhentos ou incômodos e transmissores de doenças. Ex.: roedores, pombos, cobras, escorpiões, etc.
Os animais peçonhentos são aqueles que além de venenoso, possuem um mecanismo especializado para inoculação, peçonha ou ferrão, que é utilizado como arma de caça ou defesa. Ex.: escorpião, lacraia, serpentes.
É necessário conhecer o que serve de alimento e abrigo para cada espécie que se pretende controlar e adotar medidas preventivas, de forma a alcançar esse controle, mantendo os ambientes mais saudáveis e seguros.
ANIMAIS DE INTERESSE EM SAÚDE PÚBLICA:
ARANHAS:
Aranhas são artrópodes que possuem hábitos diurnos e noturnos. São carnívoras e sua dieta inclui insetos como: moscas, mosquitos, grilos, gafanhotos e, nas cidades, principalmente, baratas.
Apesar de poucas aranhas possuírem a capacidade de intoxicar o homem, todas são venenosas. Utilizam-se de garras para segurar, picar e triturar a presa. Na ponta das garras ficam duas estruturas semelhantes a seringas, ocas e pontiagudas, usadas para picar o corpo da presa e injetar o veneno, que é produzido em glândulas especiais.
As aranhas de maior relevância em acidentes envolvendo humanos são armadeira, aranha-marrom e viúva-negra. Dependendo da espécie a picada pode provocar dor local, edema, necrose, sintomas neurológicos e edema pulmonar. A intensidade dos sintomas depende da idade e estado imunológico da vítima.
CARAMUJOS:
Embora o termo caramujo tenha se popularizado, o “caramujo-gigante-africano” trata-se, na verdade, de um caracol, uma vez que não possui hábitos de água doce. São moluscos com atividades preferencialmente noturnas e podem ser transmissores de meningites aos seres humanos.
Possuem corpo cinza-escuro e carapaça cônica com coloração marrom e listras. Podem pesar 200 gramas e chegar a 20 cm de tamanho. São hermafroditas (apresenta ambos os sexos) com fecundação cruzada e fazem de 4 a 5 posturas ao ano, com 50 a 400 ovos em cada uma. Os ovos são pequenos, amarelados e arredondados e ficam enterrados próximo à superfície.
CARRAPATOS:
Os carrapatos são artrópodes ectoparasitas (parasitas externos), ou seja, vivem na superfície do corpo de um hospedeiro (animais domésticos, animais silvestres e o homem) e são também hematófagos, ou seja, se alimentam do sangue de seus hospedeiros. Além do incômodo e coceira, podem transmitir doenças.
Possuem três fases de vida: larva, ninfa e adulto. Além disso, existem diferenças anatômicas entre machos e fêmeas, sendo que essas podem colocar milhares de ovos.
As principais espécies de relevância à saúde pública e de animais são:
Rhipicephalus sanguineus é o responsável pela “doença do carrapato” nos cães (erliquiose).
Rhipicephalus (Boophilus) microplus é o responsável pela tristeza parasitária bovina (babesiose e anaplasmose).
Amblyomma spp é o responsável pela febre maculosa e doença de Lyme em humanos.
ESCORPIÕES:
São animais artrópodes de hábito noturno que caçam insetos, sendo a barata seu principal alimento na cidade. Abrigam-se em locais sombreados e vivem de 3 a 4 anos.
Os escorpiões não botam ovos, os filhotes nascem parecidos com os adultos, geralmente 15 a 20 filhotes por ninhada sendo que não há machos do escorpião amarelo (reproduzem-se por partenogênese).
Seu veneno é neurotóxico, causa complicações principalmente em crianças com idade inferior a 10 anos e idosos.
LACRAIAS:
São animais caçadores noturnos muito rápidos e têm o corpo adaptado para penetrar em frestas, onde se escondem durante o dia. Podem medir até 23cm e se alimentam de insetos, lagartixas e minhocas.
Têm o corpo achatado formado por 21 segmentos, cada um com um par de patas pontiagudas. Embaixo da sua cabeça ficam os ferrões venenosos que também funcionam como pinças.
LAGARTAS:
As lagartas têm o corpo coberto de pelos ou espinhos. Em casos de acidentes desenvolvem dermatite urticante e, se a lagarta for do gênero Lonomia sp, desenvolve síndrome hemorrágica.
Existem lagartas desprovidas de pelos ou espinhos e que não tem interesse toxicológico.
Vivem durante o dia agrupadas nos troncos de árvores, onde causam acidentes em contato com seus pelos ou espinhos. Permanecem nas plantas por 1 a 2 meses.
MORCEGOS:
São os únicos mamíferos que voam. Gestação dura de 2 a 7 meses, dependendo da espécie .
São classificados de acordo com seu hábito alimentar em:
- insetívoros alimentam-se de insetos (mosquitos, mariposas, besouros, baratas e outros), capturando-os em pleno vôo;
- polinívoros/nectarívoros, alimentam-se de néctar, pólen e, às vezes de parte florais;
- frugívoros, alimentam-se basicamente de frutas;
- carnívoros, alimentam-se de peixes, rãs, camundongos, aves e outros morcegos;
- piscívoros, alimentam-se principalmente de peixes, mas inclui também em sua dieta crustáceos e insetos;
- hematófagos, alimentam-se exclusivamente de sangue.
Todos os morcegos podem adquirir e transmitir doenças para o homem e outros animais.
A doença mais importante que pode ser transmitida pelos morcegos é a raiva, uma encefalite viral com quase 100% de letalidade. A partir de suas fezes pode transmitir histoplasmse.
POMBOS:
Na natureza vive entre 15 e 30 anos e nas cidades entre 3 e 5 anos. Formam casais por toda a vida e têm entre 5 e 6 ninhadas por ano, cada uma com até 2 filhotes. Os ovos são chocados por 17 a 19 dias. Os filhotes tornam-se adultos entre os 6 e 8 meses de idade.
Utilizam lugares altos como abrigo e ponto de observação.
Através de suas fezes podem ser transmissores de doenças como criptococose, histoplasmose e salmonelose; e através de ácaros habitantes de suas penas podem causar dermatites e alergias respiratórias.
ROEDORES:
A principal característica é a presença de dentes incisivos proeminentes que crescem continuamente.
Os roedores vivem em qualquer ambiente terrestre que lhes dê condições de sobrevivência. São onívoros, ou seja, alimentam-se de todo tipo de alimento. Podem nadar, escalar e cavar.
Gestação de 19 a 24 dias, podem ter de 7 a 12 filhotes e até 12 ninhadas por ano. Formam colônias.
Transmissor de leptospirose, hantavirose, salmonelose, peste e tifo.
SERPENTES:
São animais vertebrados, carnívoros, pertencentes ao grupo dos répteis. Não possuem patas, pálpebras e ouvido externo. Possuem língua bífida e pele recoberta por escamas.
Algumas espécies são peçonhentas e outras não oferecem risco aos seres humanos.
Existem espécies de serpentes vivíparas, que parem seus filhotes, e outras, ovíparas, que colocam ovos.
As serpentes possuem diferentes tipos de dentição.
Dependendo do tipo de serpente o veneno pode ter ação neurológica, hemorrágica, coagulante, miotóxica, coagulante e inflamatória.
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Arboviroses
Atividade desenvolvida em áreas infestadas e consiste na realização de visitas a todos os imóveis de uma determinada área, com uma periodicidade definida, para a vistoria do imóvel, pesquisa larvária, ações de controle de criadouros e orientação ao responsável pelo imóvel. Esta atividade é dirigida a todos os imóveis da área urbana e de aglomerados rurais, sendo excluídos, Pontos Estratégicos(PE’s), Imóveis Especiais – (IE’s) e apartamentos acima do 1º andar de edifícios, exceto aqueles que apresentem piores condições que, segundo avaliação, mostram condições favoráveis à proliferação do vetor.
A vistoria do imóvel deve ser Peri e intradomicílio, realizando-se o controle mecânico e orientação quanto ao uso de produtos alternativos, ação educativa e participação ativa do munícipe no combate ao vetor.
Esta atividade deverá ser realizada em todos os locais de permanência do caso confirmado ou suspeito durante o período de transmissibilidade: residência permanente/ temporária, trabalho e estudo. Deve ser trabalhada uma área de 150m(raio) a partir da quadra de permanência (residência, trabalho ou escola) do caso suspeito.
É uma atividade de campo que consiste na aplicação de inseticida de casa em casa com atomizador portátil (UBV) num raio de 150m, a partir da quadra de permanência (residência, trabalho ou escola) do caso confirmado ou suspeito para eliminação de alados.
A nebulização deve ser realizada imediatamente em seguida ao controle de criadouros (CC), de preferência, 01 a 07 dias após. A área demarcada pode ser ampliada conforme decisão conjunta com a SUCEN ou em Sala de Situação e também as áreas para controle de criadouros em função da notificação de outros suspeitos e da confirmação de mais casos.
Tem como objetivo avaliar os níveis de infestação das áreas do município e identificar os recipientes existentes, pesquisados e positivos que predominam em momentos diferentes na sazonalidade do vetor. Esta avaliação é realizada pelo município numa amostra dos imóveis de cada área urbana, para viabilizar sua execução num curto espaço de tempo, todas as áreas são pesquisadas ao mesmo tempo.
São imóveis com maior importância na geração e dispersão ativa e passiva de Aedes aegypti.
A. Pontos Estratégicos (PE)
São imóveis selecionados pela elevada oferta de recipientes em condições de se tornarem criadouros, pela natureza desses recipientes, cujo volume de água que podem acumular favorece a produção de grande número de insetos adultos e pela complexidade que a disposição desses recipientes oferece à execução das medidas de controle propostas., Recomenda-se: A orientação ao responsável pelo imóvel, sobre os cuidados a serem tomados para evitar a proliferação de vetores e a adoção conjunta de medidas de controle mecânico; Aplicação de controle químico quando necessário
B. Imóveis Especiais (IE)
Esses imóveis são selecionados em função do risco que oferecem à disseminação da transmissão, dada a circulação ou permanência de grande número de pessoas.
Ações: Orientação ao responsável pelo imóvel, sobre os cuidados a serem tomados para evitar a proliferação de vetores. Em caso de imóveis de grande complexidade, devem ser formados grupos para adoção das medidas de controle nos períodos compreendidos entre as vistorias (brigadas); A adoção conjunta de medidas de controle mecânico; Aplicação de controle químico quando necessário.
C. Obras
São imóveis inseridos no espaço urbano, cujas características não permitem classificá-los como PE ou IE, e os diferenciam dos demais imóveis urbanos.
Legislação
EM CONSTRUÇÃO
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