ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
Uma gripe ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no sul e sudeste do país.
Algumas pessoas, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma co-morbidade, possuem um risco maior de desenvolver complicações causadas pela influenza . A melhor maneira de prevenir contra a doença e vacinar-se.
A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação de vírus influenza reduzindo o agravamento da doença. A estratégia de vacinação na rede pública de saúde foi sendo ampliada e, atualmente, a vacinação e indicada para, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (conforme listagem definida pelo Ministério da Saúde com sociedades cientificas), adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e professores das escolas públicas e privadas.
Aliada como estratégias de vacinação, igualmente e grande importância na adoção de medidas de prevenção e controle de influenza e no monitoramento de dados de circulação de vírus. A Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis, por meio da área técnica de influenza , monitora os dados epidemiológicos da influenza semanalmente, elaborando Boletins Epidemiológicos, que podem ser acessados no endereço eletrônico.
ASPECTOS CLÍNICOS
A excreção viral inicia durante o período de incubação, com pico nos primeiros dois dias de sintomas, decrescendo para níveis identificáveis em torno de uma semana, em geral correlacionando-se a intensidade de sintomas, embora entre crianças e imunossuprimidos possa haver excreção mais prolongada.
Sinais e sintomas
Infecção aguda das vias aéreas que cursa com quadro febril (temperatura
≥37,8°C), com a curva térmica usualmente declinando após dois ou três dias e normalizando em torno do sexto dia de evolução. A febre geralmente e mais elevada, persistente e prolongada em crianças.
O diagnóstico clinico e caracterizado por febre com sinal (is) de comprometimento de vias aéreas superiores e com pelo menos um sinal de comprometimento sistêmico. Os sinais e sintomas são habitualmente de aparecimento súbito, como:
As queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantem-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.
A rouquidão e a linfadenopatia cervical são mais comuns em crianças. A tosse, a fadiga e o mal-estar frequentemente persistem pelo período de uma a duas semanas e raramente podem perdurar por mais de seis semanas.
Complicações
A evolução da gripe (influenza) geralmente tem resolução espontânea em setedias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumassemanas. Alguns casos podem evoluir com complicações, sendo as mais comuns:
Sinais de agravamento (piora do estado clínico)
– DPOC, cardiopatia ou outras doenças com repercussão sistêmica).
DEFINIÇÕES DE CASO
Para o correto manejo clinico da influenza, e preciso considerar e diferenciar os casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
SÍNDROME GRIPAL – SG
Indivíduo que apresente febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnostico especifico.
Em crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnostico especifico.
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG
Individuo de qualquer idade, com síndrome gripal (conforme definição anterior)
e que apresente dispneia ou os seguintes sinais de gravidade:
Ou
Em crianças: além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
MANEJO CLÍNICO
SÍNDROME GRIPAL EM PACIENTES COM CONDIÇÕES
E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES
Além dos medicamentos sintomáticos e da hidratação, está indicado o uso de fosfato de oseltamivir (TamifluR) para todos os casos de SG que tenham condições e fatores de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo em atendimento ambulatorial.
Esta indicação se fundamenta no benefício que a terapêutica precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza em pacientes com condiçõese fatores de risco para complicações.
CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES
Ministério da Saúde | Secretaria de Vigilância em Saúde
. Pneumopatias (incluindo asma).
. Pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidencias de maior complicação e possibilidade de reativação).
. Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica).
. Nefropatias.
. Hepatopatias.
. Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme).
. Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus).
. Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares).
. Imunossupressão associada a medicamentos (corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros.
. Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos).
SÍNDROME RESPIRAT ÓRIA AGUDA GRAVE – SRAG
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