João Paulo Sardinha
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

Uma declaração de amor ao teatro. Mais de 15 mil pessoas prestigiaram os 40 espetáculos da 38ª edição do Festivale (Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba), que ocorreu em São José dos Campos entre os dias 18 e 24 de novembro. Espalhada por toda a cidade, a programação incluiu obras gratuitas de diferentes lugares do país, espetáculos premiados, oficinas e debates.

A economia criativa foi fortemente impulsionada nos 7 dias de evento. No total, foram 134 profissionais nos bastidores (técnicos de som e luz, produtores e auxiliares de produção). Nos palcos, 258 atores brilharam em 80 horas de espetáculos para todas as idades.

O evento impactou a economia, beneficiando hotéis, pousadas, bares e restaurantes da cidade. Motoristas de aplicativos, vendedores de pipoca e sorvete também ampliaram os ganhos durante o Festivale.

A abertura dessa maratona começou com o tradicional Grupo Tapa, de São Paulo, que lotou o Teatro Municipal com Tio Vânia. O encerramento, na noite de domingo (24), aconteceu com Frida Kahlo.

Inscritos

O Festivale recebeu a inscrição de 179 espetáculos de todo o país. Desse total, foram selecionadas 20 peças de diferentes gêneros – 8 de São José dos Campos, 8 de outras cidades paulistas e 4 de diferentes estados. Também desembarcaram na cidade as atrações convidadas.

As propostas escolhidas de outros municípios eram representantes de Taubaté (SP), Pindamonhangaba (SP), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Santa Bárbara D’Oeste (SP), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Itajaí (SC) e Florianópolis (SC).

O festival também trouxe debates e oficinas para artistas e interessados na área.

Inédito

O 38º Festivale também ficará marcado pelo ineditismo. Pensando em contemplar todos os públicos, a curadoria do evento incluiu a primeiríssima infância na programação. O espetáculo Bach, Bebês e Beatles, apresentado no dia 20 de novembro, lotou o CET (Centro de Estudos Teatrais), com uma atração voltada exclusivamente para bebês de 6 meses a 2 anos de idade.

A programação ainda teve apresentações voltadas à luta, representatividade e protagonismo do povo preto. No Dia da Consciência Negra, houve a apresentação de dois espetáculos aclamados pelo público: Sombrafica e Violento.

Intercâmbio

Sob a responsabilidade de ser um dos mais importantes festivais de teatro, o Festivale contribui para o fortalecimento da criação, produção artística e a integração e o intercâmbio entre os grupos teatrais, sem contar o estímulo à economia criativa, que movimenta técnicos operadores de luz e som, figurinistas, costureiras, cenógrafos, entre vários profissionais.

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