Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
O Museu do Folclore de São José dos Campos quer repetir, neste domingo (26), durante nova edição especial do Museu Vivo, o sucesso das duas rodas de viola realizadas em 28 de abril e 19 de maio, quando vários violeiros e violeiras participaram dos encontros.
A intenção é deixar a roda aberta para quem quiser compartilhar os seus saberes e fazeres musicais com o público, durante o período de realização do Museu Vivo, das 14h às 17h, na área externa do museu.
Momento da abertura da exposição temporária, em abril | Foto: Divulgação
Os dois momentos ocorreram, respectivamente, durante o lançamento da exposição temporária “Nos Braços do Violeiro” (que ficará aberta até domingo) e na exibição do curta-metragem “Xangri-lá – A história de Quinzinho Viola”, que marcou a participação do museu na 22ª Semana de Museus.
O Museu Vivo deste domingo também integra a programação do projeto Diálogos sobre Folclore, realizada durante o mês de maio.
Outros convidados
João Gaudino toca viola na oficina montada em sua casa | Foto: Divulgação
Para completar o grupo de fazedores convidados, a vivência também contará com a presença do caçapavense João dos Santos (Gaudino), 65 anos, luthier de violas artesanais, bastante conhecido no meio musical.
Sua história com a música e com a produção de instrumentos começou quando era criança e morava com os pais e 8 irmãos em Caçapava. Seu tio produzia violinos e foi com ele que João aprendeu a arte de fazer instrumentos musicais e a tocar chorinho.
Em Caçapava, João participava de grupos que animavam os bailes que ocorriam nas fazendas locais. Já adulto, durante o período que trabalhou na Volkswagen, em Taubaté, também fazia instrumentos e tocava nos fins de semana.
Quando se aposentou, se dedicou totalmente à música e à produção de instrumentos musicais. Atualmente, trabalha na oficina que funciona no quintal de sua casa. Ele fabrica bandolim, viola, violão de 6 e 7 cordas e violino.
Além de luthier, João também toca viola e bandolim. Com seus irmãos e amigos que também tocam, formou um grupo de choro e de música caipira.
Cocada
Segredos da culinária serão divididos por Patrícia | Foto: Divulgação
Para a culinária, a convidada é a joseense Patrícia Aparecida Nogueira, 50 anos. Casada e mãe de 4 meninas, ela aprendeu a fazer cocada há mais de 20 anos, para completar a renda da casa.
Ao longo desse tempo, Patrícia acrescentou mais alguns segredinhos na receita original e até hoje é uma sobremesa muito requisitada pelos amigos. No domingo, ela vai compartilhar a receita com as pessoas presentes.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo gerido pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos. Ele está localizado no Parque da Cidade desde 1997.
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