Sheila Faria
Secretaria de Saúde
O Hospital de Retaguarda, unidade do Hospital Municipal para pediatria, tem registrado aumento nos casos da síndrome mão-pé-boca. Trata-se de uma doença viral que provoca manchas vermelhas dentro da boca, nas mãos e nos pés.
Cerca de 20 crianças por dia estão sendo atendidas no Hospital de Retaguarda com a síndrome, que pode causar febre e dores na boca. Os sintomas desaparecem em torno de 5 a 7 dias.
A contaminação acontece pelo contato de pele e saliva. Para situações agudas, é importante procurar atendimento médico, que pode ser feito em uma UBS Resolve ou UPA para que o diagnóstico correto seja feito e os pais recebam orientação sobre o tratamento, já que a criança pode ter dificuldade para comer ou ingerir líquidos.
“O ideal é que a família procure uma UBS Resolve, que conta com pediatras que podem acompanhar o caso", afirmou a médica Carolina dos Santos Scarpa de Toledo, coordenadora da pediatria e responsável pelo Hospital de Retaguarda. "Na maioria das vezes, não há necessidade de levar a criança ao hospital, onde ela pode ter que aguardar mais tempo pelo atendimento.”
O Retaguarda atende a média de 250 crianças por dia. Como o Hospital Municipal, a unidade também é mantida pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciada pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
UBS Resolve
Segundo a médica, talvez relacionado à pandemia de covid, as crianças estão adoecendo mais e trocando o atendimento da saúde básica, feito pela UBS Resolve. Isso faz com que elas sejam privadas do acompanhamento mais cuidadoso e permanente de um pediatra de referência, que vai tratá-la nas viroses, gripes, resfriados e na prescrição de vitaminas.
“O pediatra da UBS Resolve faz um acompanhamento linear da criança", disse Carolina. "Com o período sem escolas provocado pela pandemia, as crianças deixaram de adquirir defesas, estão adoecendo mais e muitas vezes são levadas ao hospital sem necessidade. A rede básica de São José dos Campos tem um atendimento de qualidade e deve ser a primeira escolha nessas situações.”
No caso da síndrome mão-pé-boca, o ideal para evitar a propagação do vírus é manter a higienização da criança com a lavagem das mãos, limpeza da casa, creches e escolas.
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