Rodrigo Luiz Ribeiro
Secretaria de Saúde
“Foi um milagre.” Foi dessa forma que os médicos definiram o que aconteceu com a Amanda Nascimento de Melo, moradora de São José dos Campos, e seu filho Noah. Uma história emocionante e de luta, que mostra a força do ser humano, principalmente quando o combustível é o amor, também vindo do próximo.
A Amanda, que mora na Vila Industrial, região leste, estava no sexto mês de gestação quando contraiu a covid-19. Nos primeiros dias ela ficou em casa, mas logo precisou ir ao hospital.
“Foi bem na onda da variante Delta. Estava me cuidando, sem trabalhar e peguei de forma agressiva”, conta Amanda. “Me internaram e cinco dias depois eu piorei muito. Fui entubada e fiquei em coma”, completa.
Devido ao estado de saúde e quadro clínico, os médicos precisaram tomar uma decisão rápida: realizar o parto para tentar salvar a vida da Amanda e do pequeno Noah, que ainda estava no sexto mês.
“O parto foi de emergência. Tive duas paradas cardíacas, meu neném nasceu com uma parada cardíaca. Foi um verdadeiro milagre eu ter resistido e ele também”, conta Amanda, que ficou dois meses na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e um mês entubada, sem poder amamentar o filho.
Na UTI Neonatal, o pequeno Noah recebeu do Banco de Leite de São José dos Campos o que precisava para continuar lutando pela vida. Considerado padrão ouro na alimentação infantil, além de fornecer os nutrientes necessários para o adequado crescimento dos bebês, o leite materno confere proteção imunológica contra doenças infecciosas e impacta positivamente no desenvolvimento afetivo e psicológico.
Qualquer quantidade de leite materno doada torna-se importante, tendo em vista que dependendo do peso do bebê, 1 ml de leite já é suficiente para nutrir um recém-nascido a cada refeição. São pequenas gotas de amor, que ajudaram a salvar a vida do Noah, assim como de vários outros recém-nascidos.
“O banco de leite foi muito importante na minha vida e do meu filho. Tenho muita gratidão, me conforta como mãe e sem poder amamentar meu bebê, saber que mesmo assim ele pôde ser alimentado por uma mãe que fez esse ato de amor ao próximo. Só quem passa por isso sabe a importância da doação do leite materno para um bebê tão frágil lutando para viver”, diz Amanda que, não por acaso, tem Nascimento como sobrenome.
Hoje, Noah está com 11 meses, lindo, sorridente e saudável ao lado da mãe. Essa é mais uma prova da importância que um serviço público faz na vida das pessoas. Uma pequena quantidade de leite que salvou não só uma vida, mas uma família. A saúde pública é uma máquina que não para justamente para isso.
Banco de Leite Humano
O BHL (Banco de Leite Humano) de São José dos Campos está focado em promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, a auxiliar as mães com dificuldade e a garantir que o bebê receba leite materno exclusivo por seis meses e com alimentação complementar por 2 anos ou mais.
As doadoras precisam estar amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho, possuir produção láctea superior às suas necessidades e ser saudável. As nutrizes com dificuldade na amamentação, assim como as mulheres interessadas na doação podem procurar o serviço pelo telefone 3901-3507.
Cada doadora recebe um kit, que contém um frasco de vidro esterelizado, gorro e máscara. A coleta é feita no próprio domicílio e uma semana depois, uma equipe passa para a retirada do leite.
O leite humano ordenhado cru, quando chega no Banco de Leite, passa por uma seleção, classificação, processamento e controle de qualidade, para na sequência, ser distribuído aos recém nascidos internados na UTI Neonatal do Hospital Municipal e hospital particulares que solicitam.
A equipe do Banco de Leite também realiza visitas no alojamento conjunto do Hospital Municipal para orientar as puérperas.
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