Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
A exposição temporária Mãos que Amparam: Histórias do Parir e do Partejar, aberta pelo Museu do Folclore de São José dos Campos, no último domingo (15), recebeu a visita de 150 pessoas e pode ser apreciada até o dia 15 de setembro. Escolas e grupos interessados em agendar visitas podem ligar para o museu nos telefones (12) 3924-7354 ou (12) 3924-7318.
As visitas espontâneas podem ser feitas de terça a sexta e feriados, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. A exposição também marca a participação do Museu do Folclore na 20º Semana Nacional de Museus, que acontece de 16 a 22 de maio, com o tema O poder dos museus.
“As parteiras tradicionais são o foco da exposição, que se propõe a desmistificar a figura deste ofício, muitas vezes entendido como sendo de um tempo em que a ciência médica não era acessível. Um saber feminino interpretado como rudimentar e desprovido de um conhecimento profundo”, salienta a museóloga do museu, Mariana Boujad, curadora da exposição.
Módulos
A exposição está dividida em núcleos que destacam questões relativas a fé, ao conhecimento tradicional e científico do partejar, bem como relatos, em áudio, de parteiras e de parturientes.
Também tem um mapa com identificação de onde atuavam as antigas parteiras de São José, de elementos ligados à religiosidade (figuras de santos), ervas, objetos (garrafadas e maleta) e espaço para que o público possa interagir, relatando seus conhecimentos e experiências a respeito do assunto.
Paralelamente a estas histórias, há outras representações contemporâneas do ofício, as chamadas ‘parteiras urbanas’, que possuem formação institucionalizada, mas que dialogam e bebem na fonte da parteira tradicional, permitindo o protagonismo da mãe no momento do nascimento.
Perfil
As parteiras tradicionais são mulheres importantes nas comunidades em que moram e atuam. Acompanham a gestação, o parir e o cuidar. São figuras envoltas em mitos e estigmas, chamadas assim em razão dos seus conhecimentos e das visões de mundo que são repassadas, oralmente, de mãe para filha, avó para neta, tia para sobrinha, comadre para vizinha.
Cada parteira possui sua individualidade, suas crenças pessoais e suas regionalidades. Algumas carregam suas maletas com utensílios, plantas, rezas e chás. Todas levam sua experiência, sua fé e suas mãos que amparam o nascer.
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, que tem sede em São José dos Campos.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7354 ou (12) 3924-7318
www.museudofolclore.org
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