Cláudio Souza
Secretaria de Apoio Social ao Cidadão

Pé de valsa assumido, Antônio Augusto Vilaça, de 89 anos, foi uma das sensações do baile da última sexta-feira (6) na Casa do Idoso Norte que marcou a retomada das atividades noturnas nas quatro unidades.

Muito animado e bem-humorado, ele dançou com quase todas as mulheres que estavam no salão lotado.

"Seu Antônio não perde uma dança. Ele é um exemplo de animação, disposição e amor à vida para todos nós", disse o genro Antônio Jailton Dias, de 64 anos.

Ele e a filha de seu Antônio, Maria Tereza Henriques Vilaça Dias, de 62 anos, acompanham o aposentado em todos os bailes e atividades na Casa do Idoso Norte, da qual são vizinhos. Eles moram no Altos da Vila Paiva.

"Não sabia dançar, mas sempre ía aos bailes para acompanhar meu pai e dançava com ele. Eu e meu marido ficamos animados e gostamos tanto que entramos para a aula de dança de salão da Casa do Idoso para podermos curtir ainda mais os bailes", afirmou Maria Tereza.

O gosto pelos bailes e pela dança vem de longe e é antigo, desde quando seu Antônio morava em Portugal. Ele chegou ao Brasil em 1954.

"Quando morava em Portugal, trabalhava a semana toda e não via a hora de chegar o domingo, quando tinha baile. Não perdia um. Gosto muito de dançar. Danço com todas as mulheres que quiserem".

Seu Antônio, entre o genro e a filha: diversão em família

Animação

Os bailes nas Casas do Idoso, que estavam suspensos desde 2020 devido à necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia da covid-19, reúnem histórias de superação, ânimo e amor à vida.

Os idosos e idosas não estão nem aí para as limitações impostas pelo avançar dos anos. Nos dias de bailes noturnos, eles deixam as atividades nas unidades mais cedo para irem para casa se produzir.

O resultado? Vestidos deslumbrantes, ternos elegantes, cabelos arrumados, maquiagem.

Maria José Nunes, que tem 70 anos e mora na região central, chamava atenção com um belo vestido que ela mesmo confeccionou.

"Estou muito feliz com a volta dos bailes. Senti muita falta durante a pandemia, já que sempre gostei de dançar. Agora que retomou, não vou perder um baile".

Seu Valdemir dançando após superar problemas nos joelhos

Saúde em dia

Os bailes fazem bem para a alma e para a saúde. Há dois anos com problema nos joelhos, Valdemir Arantes de Oliveira, que tem 76 anos e reside no Jardim Telespark, na região norte, estava animado com a volta dos bailes.

"Vou recuperar o tempo perdido, já que por conta da pandemia e do problema no joelho fiquei dois anos sem dançar e sem poder fazer atividades", disse Oliveira.

"Dançar faz bem para a saúde. É uma terapia. Fui a um baile na semana passada em um clube aqui de São José e a minha pressão abaixou", completou.

Grupo animado e feliz com a retomada dos bailes 

Retomada

A Prefeitura de São José, por meio da Secretaria de Apoio Social ao Cidadão, já programou outros bailes noturnos para este mês.

Será uma atividade por semana, cada sexta-feira em uma unidade, sempre das 18h às 21h. O próximo será na Casa do Idoso Centro.

As atividades nas quatro Casas do Idoso foram retomadas em novembro do ano passado.

São quatro unidades espalhadas por toda a cidade e que são referência em todo o Estado de São Paulo. São espaços de uso coletivo destinados ao desenvolvimento de atividades socioculturais e educativas, propiciando aos idosos a oportunidade de ter uma vida comunitária.

Por mês, as Casas do Idoso recebem, juntas, cerca de 6.000 pessoas.

Próximos bailes

Dia 13
Casa do Idoso Centro (rua Euclides Miragaia, 508)

Dia 20
Casa do Idoso Leste (rua Cidade de Washington, 164, Vista Verde)

Dia 27
Casa do Idoso Sul (avenida Andrômeda, 2601, Bosque dos Eucaliptos)

GALERIA DE FOTOS

Retomada dos bailes noturnos nas Casas do Idoso

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