Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania
Há imagens que falam mais do que mil palavras. O vídeo (abaixo) de Theodoro Efraim Souza Alves, 3 anos, dando seus primeiros passos sozinho no início deste ano na Emei Profº Arlindo Caetano Filho expressa muito mais do que qualquer texto e reforça a importância do trabalho em rede, com diversos profissionais, em prol da saúde e do desenvolvimento de cada criança.
Diagnosticado com F83 –Transtornos específicos mistos do desenvolvimento, Síndrome de West e epilepsia--, o garotinho sorridente foi acolhido na escola do Residencial 31 de Março em 2021 e, cerca de um ano depois de um trabalho dedicado e coletivo, com ações em parceria com a família e a equipe da Educação Especial Inclusiva, ele circula pelos espaços com cada vez mais autonomia.
Theodoro chegou na escola infantil com dificuldade para sustentar a cabeça e o tronco e para articular membros, fazendo uso de cadeira de rodas e necessitando de intervenções que estimulassem sua interação, coordenação motora e desenvolvimento cognitivo.
Desde então, um trabalho conjunto entre: família, professores, equipe gestora, equipe do Atendimento Educacional Especializado (AEE), equipe da Educação Infantil, técnicos da Secretaria de Educação e profissionais da saúde que acompanham Theodoro tem feito a diferença no desenvolvimento do menino, que recebeu acompanhamento em suas atividades diárias, espaços adaptados na escola, estímulos e inovações, como um parapodium, feito especialmente para ele.
Emoção
O equipamento, confeccionado pela equipe de marcenaria da Secretaria de Educação e Cidadania, possibilitou que Theo, como é carinhosamente conhecido, tivesse mais mobilidade, segurança e conforto.
Hoje, o aluno da rede de ensino municipal começa a se expressar melhor, através de sons, gestos e olhares, tem conquistado novas competências relacionadas ao desenvolvimento físico e conquista movimentos gradativamente. Passou a sentar e a sustentar o corpo por curtos períodos de tempo, a engatinhar e apoiar-se em objetos e na parede para ficar de pé, dar passos de mãos dadas e até mesmo percorrer distâncias curtas sozinho. Os primeiros passos ocorreram dentro da escola, emocionando todos os presentes.
Confira depoimentos da mãe, professora e equipe que acompanha cada conquista do Theo, dentro e fora da escola.
“Ano passado cheguei na escola apreensiva, perguntando se eles aceitariam meu filho. Agora, percebo que todos, até mesmo as crianças, não veem meu filho com preconceito ou diferenças, mas cuidam, ajudam e acolhem o Theodoro naturalmente. Os sentimentos que ficam são de felicidade e de confiança”, afirma a mãe Driely Souza Alves.
“O Theo já estava matriculado, já tinha sido aceito. Fizemos uma reunião para conversar com a família e entender como poderíamos acolher e acompanhá-lo da melhor maneira e, desde então, temos trabalhado em equipe. O preconceito não está nas crianças, elas são amorosas e tratam de igual pra igual, já pequenas têm experiências de convivência e socialização que vão levar pra sempre na vida”, destacou Juliana Maria Aires dos Santos, orientadora pedagógica na escola.
“A parceria e uma rede de apoio para as crianças com deficiência é fundamental, com acolhimento da família, conhecendo a criança e suas particularidades e, depois, com todas as ações necessárias para garantir boas condições aos alunos. No caso do Theodoro essa parceria se estendeu, com outros recursos e várias pessoas, e ele se desenvolveu bem. Hoje não precisa mais do parapodium, que já será adaptado para outras crianças”, explica Jamile Lopes, professora do AEE.
Confira o vídeo
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