Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

A moda de viola, mais uma vez, estará presente no Museu do Folclore de São José dos Campos neste domingo (24), quando acontece uma nova edição do Museu Vivo. A atração musical ficará por conta da dupla João Lucas e Valdair; e o destaque no artesanato será o artesão Alex José Pinheiro, que trabalha com escultura e entalhes em madeira.

O Museu Vivo acontece duas vezes por mês, sempre aos domingos, entre 14h e 17h, na área externa do museu, no Parque da Cidade. A atividade é aberta ao público que tem a oportunidade de interagir com diferentes representantes da cultura popular local e regional, em um verdadeiro compartilhamento de saberes e fazeres. 

Músicos autodidatas

João Lucas (João Aparecido Faria), 60 anos, é de Paraibuna e sempre está presente nas rodas de viola que acontecem, aos domingos, no mercado municipal daquela cidade. Ele é funcionário público e trabalha como motorista, mas desde pequeno a música é sua grande paixão.

“Nos aos 80 eu escutava muito rádio e comecei acompanhar uma turma que tocava e fui aprendendo ‘de ouvido’. Em 84 meu gosto pela música chamou atenção de um violeiro de Taubaté, que havia se mudado para Paraibuna. Além de compartilhar comigo tudo o que sabia de música, acabou se tornando meu compadre”, conta João Lucas. 

Parceiro de João Lucas na música, Valdair Roberto da Costa, 49 anos, é mineiro de Pirangussu e foi criado em São José dos Campos. Músico autodidata, Valdair começou a tocar violão em 95 e um ano depois, por curiosidade, se arriscou na viola. Em 97 ingressou na Orquestra de Viola do regente Brás da Viola.

No mesmo ano ele iniciou uma dupla com o pai (que era o cantor). Eles ficaram juntos por dez anos e até gravaram um CD. A parceria com o amigo João Lucas, que conhece desde 1996, só surgiu há dois anos. Hoje, Valdair divide o seu tempo entre a música e a produção de calhas e venezianas para a área industrial.  

Artesanato

Aos 58 anos, o joseense e artesão Alex José Pinheiro (foto acima) realiza trabalhos de escultura e entalhe em madeira, modalidade a que tem se dedicado ultimamente. Ele é filho da bordadeira e artista popular Therezinha Mariano Pinheiro (que expõe seus trabalhos no museu atualmente), que sempre o incentivou.   

“Vivo o artesanato desde criança e aos 14 anos passei a trabalhar como auxiliar na elaboração de peças de cerâmica. Também passei a desenhar e experimentei muitas outras técnicas, utilizando bambu, macramê e couro”, explica Alex. Atualmente expõe e comercializa seus produtos na feira de artesanato da Praça Afonso Pena. 

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, gerido pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos. Aos domingos, o museu também está aberto das 14h às 17h para visitação.

Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 e (12) 3924-7354
www.museudofolclore.org

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