José Roberto Amaral
Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico
“Toda vez que passo pela Ponte Estaiada mostro para minha filha e digo: ali tem a mão e o suor do papai. Eu tenho orgulho de ter ajudado a construir essa ponte, filha. Daqui uns anos, quando passar na Linha Verde vou dizer a mesma coisa.”
É assim que o ajudante de obras Luiz Carlos Silva dos Anjos, 35 anos, resume a satisfação de trabalhar em obras públicas realizadas pela Prefeitura de São José dos Campos.
Morador do bairro Águas de Canindu, Luiz Carlos é um dos muitos trabalhadores joseenses que vêm tendo oportunidades de emprego em obras custeadas com recursos públicos no município.
Levantamento realizado pelo Departamento de Apoio e Qualificação ao Trabalhador, vinculado à Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Econômico, revela que dos 117 operários que trabalham na linha de frente de construção da Linha Verde, 97 deles são residentes em São José – o que equivale a 83% do total.
A Prefeitura de São José está investindo R$ 55 milhões na primeira fase na Linha Verde, corredor sustentável de transporte coletivo que vai interligar as regiões sul e leste.
“Trabalhei na Ponte Estaiada e agora estou na Linha Verde. São José e os trabalhadores que estão fazendo coisas boas pela cidade estão de parabéns”, comemora Luiz Carlos.
Atualmente, a Prefeitura de São José está realizando mais de 50 obras em todas as regiões da cidade.
Além da Linha Verde, estão em execução a construção de novas escolas de ensino fundamental e infantil com a criação de 1.300 vagas, recapeamento de vias e um pacote de melhorias em pontes e viadutos da cidade, entre outras obras.
Para 2022, os investimentos em obras públicas devem ultrapassar os R$ 100 milhões, de acordo com a previsão da Lei Orçamentária Anual enviada à Câmara.
Nos últimos 12 meses, São José registrou um saldo positivo de 8.810 vagas de empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Caged. A construção civil colaborou com quase 1.000 vagas desse total.
Dos 117 trabalhadores contratados atualmente, 97 são de São José
Oportunidades de vida
Conhecida como cidade de oportunidades para migrantes durante a expansão industrial, São José continua com mesma vocação décadas depois.
Naquiel Cordeiro dos Santos, 43 anos, nasceu em Água Branca, no sertão de Alagoas, e há 13 anos mora em São José.
Armador de ferragens na obra da Linha Verde, ele não hesita quando o assunto é oportunidades de emprego e renda.
“Rapaz, aqui em São José é bom demais para quem precisa trabalhar. Depois de mim, vieram meus 4 irmãos e sobrinhos. Graças a Deus, as coisas estão se ajeitando”, afirma Naquiel, que também trabalhou na obra do Túnel da Rotatória do Gás, na região leste.
O auxiliar de topografia na obra da Linha Verde, Carlos Antônio Pinho Amaro, 45 anos, também já trabalhou na construção da Ponte Estaiada e na duplicação da Rodovia dos Tamoios. “Empregos que vem ajudando a sustentar a família”, lembra Amaro, que reside há quase 30 anos em São José.
Morador do Jardim Morumbi, ele hoje é vizinho do canteiro de obras. “Uma obra tão importante como essa favorece os munícipes e também os trabalhadores. Muito orgulho, viu. Moro aqui pertinho e vou usar muito a Linha Verde."
Pela primeira vez trabalhando em uma obra pública, o soldador Jesiel Gomes, 41 anos, faz questão de realçar que ele foi o primeiro a ser “fichado” pela empresa Compec Galasso, que venceu a concorrência pública para a obra da Linha Verde.
“Antes trabalhava como serralheiro, como autônomo. Um mês trabalhava, no outro não. Não era garantido, sabe como é. Aqui sei que vou receber todo o mês. Não é mais aquele pinga-pinga. Estou muito satisfeito”, afirma Jesiel, também morador da região sul de São José.
Jesiel Gomes saiu de Cunha em busca de oportunidade
Atendimento ao trabalhador
De acordo com o responsável pelo setor administrativo da construtora Compec, Marcus Vinicius Cardoso, a empresa vem realizando as contratações dos operários apenas via unidade do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador).
“Toda vez que precisamos contratar, avisamos o PAT sobre as vagas e elas são preenchidas rapidamente.”
Para técnicos do Departamento de Apoio e Qualificação ao Trabalhador, responsáveis pela administração do PAT, a contratação de mão-de-obra local traz benefícios ao empregador, uma vez que eles já estão adaptados à rotina da cidade, trabalham mais próximos à sua residência e têm tempo de descanso maior, entre outras vantagens.
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