Giselle Marinho
Secretaria de Saúde

Ele nasceu da necessidade de ampliar e preparar o sistema de saúde da cidade para a pandemia do coronavírus. A estrutura e a dedicação dos profissionais, no entanto, também proporcionaram um atendimento cada vez mais acolhedor e seguro para as crianças e as respectivas famílias.

Shirlene Medeiros de Lima, mãe do pequeno Miguel de 5 anos, relata que o filho nasceu de 26 semanas e, desde então, conta com o atendimento do Hospital Municipal para cuidar da saúde dele. Para ela o atendimento, que já era bom, ficou ainda melhor no espaço.

“No Hospital era tudo junto. Aqui, é um cantinho só deles. Miguel precisou ficar internado em setembro do ano passado e fiquei bastante insegura por causa da pandemia, mas chegando aqui foi maravilhoso, eu tive segurança.”

Por conta da prematuridade, Miguel ficou com sequelas e respira por meio de uma traqueostomia. Por isso, passa por acompanhamento na unidade. Para ela, a dedicação da equipe ao filho e o acolhimento que a família recebe trazem tranquilidade e um misto de sentimentos que ela resume numa palavra: gratidão. “A todos os profissionais. Dos médicos, enfermagem, atendentes, equipe de limpeza. Parece uma grande família”.

O Hospital de Retaguarda foi construído para ampliar a capacidade de atendimento do município a pacientes com o coronavírus. Diferentemente de um hospital de campanha, após a pandemia a construção ficará na cidade e será o novo Pronto- Socorro do Hospital Municipal. Com os novos leitos criados, a Prefeitura ampliou consideravelmente a capacidade de assistência aos pacientes com coronavírus no HM.

Benefícios

Para a pediatra e coordenadora da pediatria do Hospital, Carolina Scarpa, a saída da ala pediátrica do HM, sobretudo na pandemia, foi fundamental para poupar as crianças da tensão do momento. “Tiramos as crianças do olho do furacão. Por mais que estivéssemos num setor separado, ainda era o mesmo ambiente. Vir para o Hospital de Retaguarda trouxe segurança para as mães”, afirmou.

Ainda de acordo com a médica, o sofrimento do adulto é muito diferente da criança e o atendimento precisa ser diferente. “Num lugar só para crianças, nós conseguimos fazer uma dinâmica diferente e isso pode auxiliar recuperação e reduzir o tempo de internação."

Experiência

Jennifer Suzan de Lima Sendrete, pedagoga e mãe do Bernardo, de 1 ano e 9 meses, tem plano de saúde e nunca tinha usado o serviço público de saúde até que um acidente de trânsito grave envolvendo o filho colocou o Samu e o Hospital de Retaguarda no caminho da família.

Ela conta que o socorro à criança desde o primeiro atendimento foi muito importante para a recuperação dele. “O Bernardo ficou 14 dias na UTI e uma semana na enfermaria. Só tenho a agradecer a todos os profissionais que lutaram comigo no período em que o meu filho ficou internado. Uma cidade como a nossa precisava muito de um hospital só para crianças e, graças a Deus, quando meu filho mais precisou eu pude usufruir deste hospital.”

Cuidado

Desde a entrega do Hospital em junho de 2020, o Hospital de Retaguarda já realizou quase 20 mil atendimentos e 1.662 internações.

Assim como o Hospital Municipal José de Carvalho Florence, o Hospital de Retaguarda é mantido pela Prefeitura e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

A Obra

O Hospital de Retaguarda foi construído pela Prefeitura no prazo recorde de 35 dias, 10 dias antes do previsto no contrato, e foi entregue à população em 8 de julho de 2020 com um modelo que virou referência nacional. Ao custo de R$ 12,9 milhões, a unidade foi construída numa área total de 3.100 metros quadrados com recursos do município e de empresas parceiras.

Para lá foram transferidas a ala de pediatria do Hospital da Vila – UTI e enfermaria – e os setores de pronto atendimento infantil e observação, que estavam funcionando no Centro de Reabilitação Lucy Montoro desde o início da pandemia, em março do ano passado.

GALERIA DE FOTOS

Hospital de Retaguarda completa um ano

MAIS NOTÍCIAS
Secretaria de Saúde