Estudo de primatas ganhará adeptos em São Francisco Xavier
Atualizado em 25/08/2021 - 16:22
Sarau de poesia SFX
Monitoramento dos primatas em São Francisco Xavier terá participação da comunidade - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Sheila Faria
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade

Em tempo de comemoração do mês de aniversário, o distrito de São Francisco Xavier é palco de um importante trabalho de identificação e monitoramento de primatas, que terá a participação da comunidade.

A Prefeitura de São José dos Campos executa esse projeto em parceria com o ICMBio e a Fundação Florestal, para proteção dos primatas do distrito, onde vivem cinco espécies, algumas ameaçadas, como o Muriqui, o maior primata das Américas, e o Sagui-da-serra-escuro, entre outros.

A coordenação científica dos trabalhos está a cargo de Karen Strier, professora doutora da Universidade Wisconsin-Madison, presidente da Sociedade Internacional de Primatologia e do Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB), e Fabiano Melo, professor doutor da Universidade Federal de Viçosa e do MIB. 

Os pesquisadores têm percorrido trilhas em áreas de mata para reconhecimento do território, com a colaboração dos guias experientes de São Francisco Xavier, para observação dos primatas. A elaboração dos projetos de pesquisa científica está sendo finalizada, com obtenção das licenças e autorizações dos órgãos responsáveis.

Participação

O objetivo agora é que o estudo e monitoramento tenham a participação da comunidade local por meio da ferramenta de ciência cidadã, visando o entendimento e sensibilização pela população sobre a importância da proteção dos primatas.

Segundo os pesquisadores, que estão desenvolvendo as pesquisas em São Francisco Xavier, os joseenses devem ter orgulho de ter em seu território tantas espécies de primatas, animais que têm papéis relevantes para a conservação dos ambientes florestais. Essa concentração de diferentes espécies podem credenciar São Jose dos Campos como a ''capital" dos primatas da Mata Atlântica.

Especialistas também ressaltam a necessidade de se realizarem estudos sobre os locais de ocorrência desses primatas em nosso território, que tem ausência de levantamento e de monitoramento das espécies. Por essa razão, agência internacionais e o COMAM de São José dos Campos estão destinando recursos financeiros para a realização de varias linhas de pesquisas que deverão ajudar a entender a população e seus hábitos, conhecimento fundamental para a conservação


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