Paula Pessoa
Secretaria de Educação e Cidadania

“A gente se sente acolhida e abraçada.” Foi assim que Gisele Helena da Silva, mãe do aluno Heitor Oliveira, 4 anos, resumiu o encontro online ocorrido nesta semana com a equipe da coordenadoria de Educação Especial, pais e responsáveis de estudantes autistas.

A reunião da última terça-feira (3) contou com a palestra “De mãe para mãe”, da jornalista carioca Andrea Bussade, mãe de Gabriel Bussade, 21 anos, que relatou suas experiências maternas e compartilhou aprendizados e o impacto que o autismo teve em sua vida, fazendo-a posicionar-se na sociedade.

Os encontros de capacitação, formação e troca de experiências auxiliam famílias na rotina diária com seus filhos e ajudam a estreitar a parceria com a escola.

Parceria

Para a mãe de Arthur, aluno do Cecoi Éden Lar, da Vila Maria, estes momentos são também oportunidades de acolhida.

“Gostei muito de ouvir a experiência da Andrea, o relato de tudo que viveu foi um importante aprendizado. Na escola meu filho recebe toda atenção e os cuidados necessários e eu agradeço muito. Saber que temos professores e equipes dispostos a aprender sobre nossos filhos e ajudar nesta parceria é muito especial”, comentou.

De acordo com a professora da sala do Heitor, Flávia Mathias Guimarães, durante o período de adaptação do aluno foi feita uma rotina na sala de aula, o que acabou contribuindo para a rotina em casa.

“Confiança e comprometimento são muito importantes para o bom desenvolvimento do aluno”, diz a professora.

Segundo Andrea Busade, a parceria entre família e escola é essencial no diagnóstico e no acompanhamento dos estudantes autistas. “Busquei passar uma mensagem de otimismo às famílias, especialmente para as mães, para que não se desesperem ao receber o diagnóstico, mas busquem ter bom senso, equilíbrio, saber colocarem limite e disciplina e também tirarem um tempo para si”, disse.

Andrea faz parte da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro e é fundadora do Rio Teama, um dos maiores congressos sobre autismo no Brasil. 

“Foi muito boa a troca de experiência, nós buscamos fazer um trabalho de acolhida e acompanhamento com as famílias. A parceria é fundamental e a relação entre direção das escolas, professores das salas, responsáveis e alunos traz conforto e segurança a todos”, comentou a professora de acompanhamento Silvia Helena.

Atualmente, a rede municipal de ensino de São José atende cerca de 700 estudantes autistas desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental. O próximo encontro de formação está previsto para setembro e deverá abordar a Trissomia do 21 (Síndrome de Down), com experiências compartilhadas entre familiares de alunos e educadores.

MAIS NOTÍCIAS
Secretaria de Educação e Cidadania