Giselle Marinho
Secretaria de Apoio Social ao Cidadão

Diante de um vírus que propõe à população “ficar em casa” como uma das principais formas de prevenção, aqueles que vivem nas ruas estão ainda mais vulneráveis.  

Mas, graças à dedicação e ao trabalho integrado realizado pelas equipes da Secretaria de Apoio Social ao Cidadão da Prefeitura de São José dos Campos, os números são dignos de comemoração: em 5 meses, apenas 3 casos de covid-19 confirmados entre a população de rua. Todos já se recuperaram.

Isso se deve a toda estrutura já existente no município, além do reforço criado para atender esta população durante a pandemia: intensificação das abordagens in loco, treinamento, orientação, ampliação de vagas, acolhimento qualificado, investimento e, é claro, a habilidade dos profissionais da assistência para convencer este público a aceitar a proteção.

Abordagem

As abordagens feitas pelas equipes de educadores e assistentes sociais foram ampliadas em 80% para oferecer auxílio a quem está na rua. Nelas, além de oferecer abrigo, os profissionais ainda distribuem máscaras e conduzem aqueles que aceitam ao Centro Pop para que possam ter acesso a higiene e alimentação em local adequados.

Mais vagas

Nos últimos meses, número de vagas em abrigos subiu de 218 para 270. Atualmente, 178 estão acolhidas nos abrigos municipais, o que significa que não faltam vagas para quem aceita abrigamento.

Acolhimento qualificado

Para quem já estava abrigado ou aceitou deixar as ruas durante a pandemia, o município disponibilizou mais vagas para tratamento da dependência química, patologia comum entre este público. Neste período, 120 pessoas foram encaminhadas para tratamento em comunidades terapêuticas parceiras da Prefeitura.

Antes da pandemia da covid-19, este público oferecia mais resistência ao tratamento. Com as novas vagas e um trabalho de sensibilização feito pelos profissionais da assistência, a aceitação aumento em 43%.

Recâmbio de migrantes

O número de pessoas vindas de outras cidades que estavam nas ruas de São José e solicitaram auxílio municipal para retornar aos municípios de origem também aumentou nos últimos 5 meses. Depois do trabalho criterioso de avaliação feita junto ao serviço social do respectivo município, bem como com os familiares, a Prefeitura ofereceu apoio para que 556 pessoas voltassem para casa.

Treinamento e reorganização dos espaços

Para atuar de forma mais efetiva e segura nas abordagens à população de rua, as equipes do Apoio Social, assim como dos abrigos, passaram por treinamento que contemplou formas de sensibilização ao público nas ações e orientações sobre prevenção e proteção dos funcionários e atendidos.

Além disso, os espaços para acolhimento foram reorganizados para garantir maior distanciamento.

Idosos e pessoas com doenças crônicas que integram o grupo de risco à covid-19 receberam tratamento diferenciado ficando acolhidas em instituições especializadas e separadas dos demais, respectivamente.

Testagem em massa

Nos meses de maio e junho a Prefeitura testou a população de rua e abrigada como forma de prevenção a proliferação da doença.

Apenas uma pessoa que estava na rua testou positivo. Ele foi encaminhado para o isolamento e ficou alojado em um dos espaços preparados pela Prefeitura para este fim.

Ao todo 289 pessoas passarem pela testagem rápida.

Isolamento

Também foram preparados espaços para garantir o isolamento de casos suspeitos e confirmados de covid-19. Vinte e quatro pessoas com suspeita passaram pelo isolamento, porém não testaram positivo para a doença.

Os três casos que se confirmaram, as pessoas já estão recuperadas. Atualmente não há população de rua em isolamento.

Menos pessoas vivendo nas ruas

O número de pessoas em situação de rua varia, inclusive considerando meses com datas comemorativas, bem como os dias quando são realizados os pagamentos de benefícios.

De acordo com o mapeamento qualificado que começou a ser feito em abril, no mês de julho havia 17% menos pessoas nas ruas do que no início da pandemia.

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