Giselle Marinho
Secretaria de Apoio Social ao Cidadão
Os integrantes das três cooperativas de reciclagem que atuam há pouco mais de três anos no centro de triagem da Urbam celebram uma união que deu certo: condições de trabalho adequadas, matéria-prima garantida, triagem qualificada dos resíduos, renda e muito orgulho por ajudar a deixar a cidade mais limpa.
Fé e gratidão definem os sentimentos de Claudineia Rodrigues da Silva Oliveira, de 43 anos. “Estava desempregada, passando necessidade com meus filhos, quando a cooperativa abriu as portas para mim em 2017. Quando cheguei aqui ganhava R$ 150 apenas, mas acreditei no trabalho e segui em frente. Hoje consigo tirar R$ 1.300.
Sobre a melhoria de vida que o trabalho na cooperativa propiciou, ela afirma que, com a renda que tem hoje, consegue pagar a casa onde mora, proporcionar uma alimentação mais adequada aos quatro filhos. “Até meu carro está saindo daqui”, comemora.
A cooperada ainda faz questão de destacar o orgulho pelo ofício. “As pessoas falam: 'você trabalha no lixo'”. Ela pondera: “Não. Eu trabalho para limpar a cidade para todos”, conclui.
Claudineia é uma das cooperadas que trabalham no centro de triagem da Urbam desde que as cooperativas assumiram a seleção do material. As três cooperativas são responsáveis por toda separação de resíduos recicláveis coletados no município. A renda delas varia de acordo com o que produzem.
Gestão
José Nivaldo de Melo, 51 anos, fundador e atual vice-presidente da Cooperativa Alpha, relata que a chegada ao centro de triagem foi difícil. “Nem todos eram capacitados para fazer o serviço, não tínhamos dinheiro para comprar os equipamentos de proteção individual, faturávamos pouco, mas com o tempo tudo melhorou. Nós nos qualificamos, fizemos novas parcerias, aumentamos o rendimento e hoje trabalhamos com tudo certinho.”
Ele também conta que, com o passar do tempo, o trabalho cresceu tanto em todos os aspectos, o que demandou uma gestão melhor dos processos e diante disso foi criada a central das cooperativas.
Na central, os próprios responsáveis pelas três cooperativas - Alfa, Coopertch e Futura – ocupam os cargos de gestão, o que para ele possibilitou uma divisão de atribuições para operacionalização e administração do serviço e otimizou o trabalho do dia a dia.
Além disso, uma parceria com a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), por meio da Ecogesto, iniciativa que visa cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos e reforça o comprometimento do setor com a sustentabilidade, tem trazido benefícios às cooperativas.
As notas fiscais emitidas pelas cooperativas retornam aos cooperados por meio de benefícios, que vão de EPIs ao maquinário para auxiliar no processo diário do material reciclável.
Neste mês, as cooperativas ganharam uma empilhadeira. Habitualmente, estes equipamentos são locados pelas cooperativas. Agora, com a máquina própria, o dinheiro economizado vai se tornar lucro entre os cooperados.
Perspectiva de futuro
“Antes eu catava nas ruas, mas Deus me preparou este lugar. Tenho muito a agradecer porque eu estava passando muita necessidade. No começo tirava R$ 150 por mês. Hoje a minha meta é R$ 1.200 e estou conseguindo. Tenho fé em Deus que ainda vamos ganhar muito mais, conclui, a cooperada Silvana Aparecida da Silva, de 38 anos.
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