Museu Vivo tem artesanato diferente, doce de abóbora e Zé da Viola
08/11/2019 17:43
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
Otto Lopes faz uma artesanato diferente, transformando restos da natureza em vários objetos e bichos - Foto: Divulgação - Foto: PMSJC

Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

Na escola, a nota em trabalhos manuais sempre foi 10 com louvor. Hoje, aos 90 anos de idade, Otto Lopes dos Santos, mineiro de Baependi, continua fazendo aquilo que mais gosta, depois que se aposentou. Usando produtos da natureza como matéria prima, ele transforma pequenos galhos, cascas, folhas e sementes de árvores, em diferentes bichos e objetos.

Otto será um dos participantes do programa Museu Vivo deste domingo (10), ao lado de outros dois representantes da cultura popular da região. Juntos, eles vão compartilhar com o público os seus saberes e fazeres, no artesanato, na culinária e na música. A atividade é realizada pelo Museu do Folclore de São José dos Campos aos domingos à tarde, entre 14h e 17h.

“É um artesanato artístico, com matéria prima natural, sólida e com o máximo de aproximação do real”, explica Otto Lopes, numa entrevista concedida ao pesquisador Chico Abelha, em 2014. Confira aqui mais detalhes da sua vida e sabedoria.

Culinária

Na culinária, a também mineira de Bocaina de Minas, Laudelina Diniz dos Santos, mulher de Otto Lopes, vai compartilhar uma receita de doce de abóbora, feita em família. Aos 75 anos, Laudelina sempre acompanha o marido em suas andanças. Assim como Otto, ela também já participou do Museu Vivo em outra oportunidade.

Música

A música será compartilhada pelo violeiro José Soares da Silva, conhecido como Zé da Viola, mestre da cultura popular. Joseense de nascimento, hoje com 87 anos, o violeiro cresceu vendo e ouvindo a cantoria de grupos de Folias de Reis, Catiras e Danças de São Gonçalo, grupos dos quais seu pai, que era pescador, sempre participou.

Autodidata, aos 8 anos já tocava viola e aos 14 formou dupla com o irmão Edgar. Hoje ele dá aulas de viola nas oficinas culturais da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. No domingo, ele estará acompanhado de outros violeiros, como em outras vezes que já participou do Museu Vivo. Confira mais sobre essa sabedoria na entrevista feita pelo pesquisador Chico Abelha, também em 20l4. 

Gestão

O Museu do Folclore, gerido, atualmente, pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, comemora 32 anos de existência em dezembro. Sua criação se deu em 1987, pela Fundação Cultural. Seu funcionamento é de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h.

Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 / (12) 3924-7354 – www.museudofolclore.org


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