Casos de dengue caem 74,6% e nenhuma morte é registrada
Atualizado em 09/01/2018 - 13:45
Arrastão contra a dengue na zona norte
Ações de combate ao vetor estão previstas no plano de enfrentamento das arboviroses - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Nei José Sant'Anna
Secretaria de Saúde

São José dos Campos registrou 438 casos de dengue em 2017, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (5) pela Prefeitura. O número é 74,6% menor que o registrado em 2016, que teve 1.731 casos. Nenhuma morte foi registrada no ano passado e, em 2017, duas pessoas morreram vítimas da dengue.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a baixa infestação do mosquito transmissor das arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) se deve às ações de prevenção, à conscientização da população e à sazonalidade da doença. 

Dos 438 casos registrados, 378 são autóctones (contraídos no próprio município) e 34 importados. Dois casos são indefinidos e 24 ainda aguardam análise do local provável de infestação. Não houve doentes com gravidade.

O balanço mostra também números baixos de outras doenças transmitidas pelo vetor. Chikungunya registrou 18 casos, sendo 3 autóctones, 7 importados e 8 ainda aguardando definição de local de infestação. Não teve casos de zika no município.

A região que apresentou o maior número de casos foi a Sul, com 129, seguida da Leste (90), Sudeste (84), Norte (42), Centro (36) e Oeste (31).

Uma nova avaliação de densidade larvária (ADL), a primeira do ano, está prevista para o período de 16 a 31 de janeiro. A pesquisa revela o nível de infestação das larvas do mosquito Aedes.

No ano passado foram realizadas quatro pesquisas. A última, que aconteceu em outubro, revelou um índice larvário de 0,2, bem menor que os padrões considerados de risco. A primeira avaliação, em janeiro, apresentou um índice de 1,0 (estado de alerta); a segunda, em maio, de 0,6 (satisfatória) e a terceira, em julho, apontou índice de 0,1.

O índice larvário (Breteau) corresponde ao número de imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, durante a avaliação.

Mesmo com a baixa circulação do vírus, a Prefeitura mantém suas equipes em alerta, realizando diariamente ações de prevenção por meio do Centro de Controle de Zoonoses.

Plano de enfrentamento

No final do ano passado, a Secretaria de Saúde apresentou ao Comus (Conselho Municipal de Saúde) o plano de enfrentamento das arboviroses para 2018 na esfera municipal.

Entre as estratégias previstas, estão a realização de um programa educativo para o município, a realização do Fórum Permanente para os interessados em adquirir conhecimento sobre as doenças e distribuição de material educativo. O plano prevê também a capacitação dos profissionais que atuam nas unidades básicas, unidades de pronto atendimento e hospitais públicos e privados.

Também acontecerão ações de combate ao vetor, que visam o monitoramento dos níveis de infestação e eliminação dos criadouros. Entre essas ações estão visita casa a casa e a pontos estratégicos, bloqueio de controle de criadouros e nebulização.


Dengue - série histórica

2006 – 50
2007 – 356
2008 – 263
2009 – 30
2010 – 688
2011 – 2.380
2012 – 154
2013 – 839
2014 – 832
2015 – 14.509
2016 – 1.731
2017 – 438


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