São José sedia Workshop Internacional de Cidades Resilientes
Atualizado em 20/08/2018 - 16:12
Parque Tecnológico
O evento discute sobre uma “Agenda Urbana” que considere questões sobre riscos de desastres ambientais, adaptação e resiliência no planejamento urbano das cidades paulistas - Foto: PMSJC

Priscila Veiga Vinhas
Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade

A partir desta terça (21) até a próxima quinta-feira (23), São José dos Campos sediará o Workshop Mover - Mobilização para Ordenação e Viabilização de Espaços Urbanos Resilientes, no Cefe (Centro de Formação do Educação Profa Leny Bevilacqua), em Santana (região norte).

O evento é realizado pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Prefeitura de São José dos Campos, com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas - Fase 2 .

O workshop buscar delimitar os alinhamentos necessários para a incorporação de uma “Agenda Urbana” que considere questões sobre riscos de desastres ambientais, adaptação e resiliência no planejamento urbano das cidades paulistas. Cidades estas que abrigam um contingente populacional de mais 39 milhões de cidadãos.

O objetivo do encontro é congregar pesquisadores nacionais e internacionais, membros de instituições públicas e privadas, universidades, profissionais de prefeituras e de órgãos de Defesa Civil do Estado de São Paulo, promovendo o intercâmbio de conhecimento e informações e o estabelecimento de sinergias para prevenção de desastres.

A abertura do evento será com um seminário que acontece no dia 21, das 8h30 às 12 horas. O Seminário é aberto a todos os interessados e as inscrições podem ser feitas pelo site https://www.cemaden.gov.br/workshop-mobilizacao-para-ordenacao-e-viabilizacao-de-espacos-urbanos-resilientes/.

O evento contará com a participação de pesquisadores convidados da Pontifícia Universidade Católica e Centro Ceres (Chile), da Defesa Civil de Dublin (Irlanda), da Griffith Universidade (Austrália), do ICLEI (Local Governments for Sustainability), representantes do Cemaden Pesquisa e Desenvolvimento e alunos da Universidade Federal do ABC. Além da Prefeitura de São José dos Campos, estão confirmadas a Prefeitura de São Paulo, de Sorocaba, de Campinas e de Santo André.

Para a arquiteta e urbanista Andrea Ferraz Young, uma das pesquisadoras envolvida na organização do evento, discutir os avanços e as incertezas apresentadas por estudos científicos relacionados ao clima e ao meio urbano é de extrema importância, diante da incidência, cada vez mais frequente, de eventos extremos de chuva e seca.

“A variabilidade e intensidade dos fenômenos climáticos em áreas urbanas demandam sistemas de planejamento integrados aos sistemas de prevenção e alerta de desastres, bem como planos de ação adequados à redução de riscos”, destacou. Neste sentido, ela aponta como fundamental “fomentar a formulação de políticas públicas que possam ser rapidamente adotadas pelos governos da esfera municipal melhorando a capacidade de resposta”.

Política Municipal de Mitigação e Adaptação

São José dos Campos, assim como outras cidades paulistas, já se mobiliza para a construção de uma Política Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas. 

Esta política consiste em implantar conjunto de diretrizes e ações que resultem na minimização da emissão de gases de efeito estufa pelo município e que o tornem mais resiliente aos efeitos das mudanças climáticas.

A cidade vai elaborar, nos próximos meses, o 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do município, compatível com padrões internacionais, análise dos riscos climáticos e das vulnerabilidades que a cidade enfrenta, de acordo com as projeções climáticas, e a definição de um Plano de Ação de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, com metas de redução de gases de efeito estufa, ações e programas prioritários em mitigação e adaptação.

Por meio desta política pretende-se que o município incorpore as questões de mudanças climáticas em diversas políticas públicas municipais, como de planejamento urbano, habitação, saneamento, mobilidade, saúde, desenvolvimento econômico, minimizando sua vulnerabilidade socioambiental e aproveitando as oportunidades de transição para uma economia de baixo carbono.


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