Museu Vivo traz no domingo a primeira edição do ano
Atualizado em 17/02/2018 - 08:02
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
As atividades do Projeto Museu Vivo são realizadas na área externa do Museu do Folclore - Foto: André Delgado/FCCR - Foto: PMSJC

Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo

O Museu do Folclore de São José dos Campos, ligado à Fundação Cultural Cassiano Ricardo, realiza neste domingo (18) a primeira edição do ano do Projeto Museu Vivo, que destaca a sabedoria popular de diferentes personagens da comunidade local e regional, especificamente das áreas de artesanato, culinária e música. A demonstração desse conhecimento acontece na área externa do Museu, entre 14h e 17h, e é aberta para participação do público. 

O paranaense Luís Pereira dos Santos, ou Luís da Taboa, como é conhecido, é um dos convidadas e vai mostrar sua sabedoria na utilização da taboa (planta aquática e considerada medicinal na cultura popular) para a confecção de cadeiras, mesas, forro de casas e outros objetos. Sua história também pode ser conferida no 22º volume da Coleção Cadernos de Folclore (‘O Saber e o Fazer no Museu do Folclore’). 

Luís faz estes objetos de forma artística há 15 anos, por influência do pai e de um amigo (já falecido). “Sempre trabalhei na área industrial, mas nunca deixei de fazer os objetos. As pessoas gostam e, por estar desempregado, sobrevivo da venda deles atualmente”, conta. Ele vê na filha Maria a continuidade de uma tradição que começou com seu avô e passou para o seu pai. “Ela aprendeu a fazer aos 3 anos de idade e hoje, com 15, já me ajuda”. 

Na culinária, a convidada é a mineira Suzana Alves de Resende, moradora de Paraibuna. Ela trabalha com produtos orgânicos, faz sequilhos, sucos naturais de frutas de época, doces e outros pratos. No ‘Museu Vivo’ ela vai mostrar o seu saber fazendo panqueca, salgada e doce. “Foi na fazenda onde nasci e morei até os 9 anos que aprendi, com minhas tias e avós, a ‘ciência da cozinha’. Eu brincava de ‘casinha’ de verdade”, diz Suzana.

Guilherme Palmeiras é paulistano, músico e instrumentista, toca cavaquinho (instrumento com o qual estudou música na adolescência), violão, pandeiro e surdo. Ele conta que o gosto pela música é de família, onde muitos tocam algum instrumento. Aos 37 anos saiu de São Paulo e veio morar em São José dos Campos, onde começou a tocar com seu tio, na banda ‘Forró do Reizinho’. 

O repertório de Guilherme é eclético dentro da cultura popular, conhece calango, xote, baião, arrasta-pé e outros gêneros, além de gostar muito de sambas e chorinhos. Atualmente, Guilherme toca apenas com a família e amigos, com quem se apresentará domingo no ‘Museu Vivo’. 

O Museu do Folclore é uma unidade da Fundação Cultural que funciona sob gestão do Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), organização social sem fins lucrativos. 

Museu do Folclore de SJC

Av. Olivo Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana

(12) 3924-7318 e 3924-7354


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