Manutenção em estradas rurais é feita com material reciclado
Atualizado em 12/06/2021 - 11:08
Trituração de resíduos
Processo que transforma entulho da construção civil em cascalhamento para estradas rurais - Foto: Adenir Britto/PMSJC

Simone Menocchi
Secretaria de Manutenção da Cidade

O volume de resíduo da construção civil que chegou aos PEVs de São José dos Campos nos últimos dois anos cresceu 25%. Em 2019 foram 11 mil metros cúbicos de janeiro a abril. Já neste ano, no mesmo período, a quantidade de resíduos descartada corretamente subiu para 13.800 metros cúbicos.

E todo esse material, depois de triturado e reduzido a pedriscos, retornou para as estradas rurais, em forma de cascalhamento. São José dos Campos tem cerca de 500 quilômetros de estradas rurais. Todas ficam sob a responsabilidade da Secretaria de Manutenção da Cidade. Nos primeiros cinco meses do ano, mais de 300 quilômetros receberam nivelamento e cascalhamento principalmente nas estradas da região norte e São Francisco Xavier.

Só neste ano a SMC reconstruiu e reformou cerca de 20 pontes e passarelas nas estradas de terra do município. A mais recente, nesta semana, a da Estrada do Rio do Peixe, próximo à Cachoeira do Roncador.

Mas o que significa uma ponte de madeira segura e bem feita?

Na vida do sitiante Luizinho da Silva, de 77 anos, e de muitos produtores rurais, significa segurança e garantia de trabalho. Nesta semana, em alguns momentos do dia, ele fez uma pausa no cuidado com os cavalos para ir até a cerca e observar o trabalho do pessoal da Urbam e da SMC. Para ele e a família que usam a estrada do Rio do Peixe toda semana, a nova ponte representa muito. “A gente fica mais tranquilo porque por aqui passam caminhões pesados com o gado das fazendas. Desse jeito, novinha, tá ficando muito bom”.

Já para os funcionários da prefeitura e Urbam que suam o uniforme para fazer as pontes, o significado é de “dever cumprido”. Rodolfo Pereira, 49 anos, é o monitor da equipe que faz e reforma as pontes da área rural. Ele está na prefeitura há 30 anos e não se cansa de dizer que cada trabalho realizado é uma nova satisfação. “Ainda mais quando os produtores elogiam e agradecem. E isso acontece sempre”.

As equipes que reformam as pontes têm de pessoas entre motorista, operador de escavadeira e funcionários da Urbam. A primeira etapa é assentar as toras de 9 metros de cumprimento. Depois elas são niveladas e em seguida, fixadas cerca de 50 vigas de madeira. “Só aqui usamos cerca de 40 quilos de pregos”, conta Rodolfo. Para finalizar, recebem passa-rodas e corrimãos.

O trabalho de manter as estradas em ordem é intenso o ano todo. Mas nessa época de estiagem, essa intensidade dobra. Pelas estradas passam cerca de 12 mil pessoas que moram e trabalham em propriedades rurais. Além das pontes, as estradas também passam por nivelamento e cascalhamento constantes e roçada da vegetação lateral das pistas.

Carreta magnética

O cascalhamento das estradas, feito com pedra brita, reaproveita também o resíduo limpo da construção civil. São os chamados RCC e RCD (Resíduo de Construção Civil e Resíduo de Construção e Demolição). Mas antes de chegar às estradas, esse material passa por um criterioso processo de trituração.
Em seguida, antes de ser colocado nas estradas, passa por uma esteira, para a retirada de qualquer objeto ferroso.

Desta forma o resíduo vai para as estradas. E para garantir a segurança dos motoristas e veículos, uma carreta magnética vai e vem nas estradas para retirar qualquer tipo de ferro. Essa carreta é equipada com ímãs que puxam todo material ferroso.

O subdistrito de São Francisco Xavier tem 167 quilômetros de estradas não pavimentadas. Nos primeiros cinco meses deste ano foram feitos os serviços de nivelamento e cascalhamento em 118 quilômetros e roçada em 112 quilômetros.

Todos os moradores que observarem erosões, galhos caídos, ou qualquer problema nas estradas rurais que precisam de manutenção podem solicitar o serviço através da Central 156.

 


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