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Por G1 Vale do Paraíba e Região


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Título: São José e Taubaté desrespeitam Estado e adotam postura mais flexível
Subtítulo: Link Vanguarda
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São José e Taubaté desrespeitam Estado e adotam postura mais flexível

Restaurantes, bares, academias e salões de beleza poderão voltar a funcionar a partir desta terça-feira (28) em São José dos Campos. Mesmo com restrições, o setor está otimista e tem esperança que essa flexibilização gradual ajude a recuperar o prejuízo dos últimos quatro meses.

O funcionamento será liberado após a prefeitura ter publicado um decreto na última sexta (24) que autoriza o funcionamento, mesmo contrariando as regras do Plano São Paulo.

Expectativa

Para o Gabriel Pereira, que é dono de uma academia em São José, a expectativa para reabertura é grande. Ele e os funcionários já estão realizando todas as adaptações necessárias e pretendem voltar a receber os alunos já na terça-feira (28).

“Nós já estamos com um estoque de álcool gel, fizemos as marcações de distanciamento entre os aparelhos e no bebedouro, compramos termômetros e também estamos desenvolvendo um aplicativo, para que os alunos possam reservar o horário de treino e ir só no seu horário, para não gerar filas ou aglomeração”, contou.

De acordo com o Gabriel, para ele a limitação de não poder abrir aos finais de semana e feriados não será prejudicial, pois esses dias já costumavam ser de pouco movimento, mas ter que abrir apenas em horário comercial é inviável, pois é o horário em que todos seus alunos estão trabalhando.

Ainda segundo Gabriel, a permissão para a retomada das aulas na academia é algo benéfico e se todos tomarem os cuidados necessários, respeitando as regras, os alunos só têm a ganhar.

"Nós sabemos que nem todos os alunos vão querer voltar pra academia agora, mas estaremos prontos para receber quem deseja voltar. Desde que todos tomem os cuidados necessários, esse retorno das academias só tem a ajudar, porque fazer exercício físico é algo que melhora a saúde e o bem-estar da pessoa", disse.

Incertezas

O Demétrio Luiz Osti tem um bar na cidade há 23 anos e, como todo o comércio do setor, está fechado para atendimentos presenciais desde o início da quarentena. Ele afirma que só vai começar a se preparar para reabrir quando tiver certeza de que essa decisão da prefeitura não poderá ser barrada pelo Governo Estadual.

“A expectativa é que a gente consiga reabrir, mas como há ainda um impasse e muita coisa pode acontecer até terça-feira, eu só vou de fato me programar para abrir quando não houver mais incertezas. Isso porque reabrir envolve muitos custos, como compra dos alimentos, reabastecer estoque, contratar funcionários, etc. A gente já teve muito prejuízo, não quero ter mais esse", disse.

Ainda de acordo com Demétrio, a limitação de não poder abrir aos finais de semana, feriados e não poder funcionar em horário estendido, será uma dificuldade, principalmente para os donos de bares.

"Os bares terem que reabrir sem poder funcionar até 23h ou aos finais de semana é sofrível, não tem lógica. Nosso maior movimento é aos finais de semana, à noite, mas se não tivermos opção, o jeito é se adaptar", afirmou.

Sinhores

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sinhores) de São José dos Campos, Antônio Ferreira Júnior, acredita que foi uma decisão acertada da prefeitura liberar a retomada de mais serviços na cidade. Para ele, mesmo com as limitações, a volta do atendimento ao público agora é o primeiro passo para que a economia na cidade possa se estabilizar.

"Nós já vinhamos pedindo há muito tempo para que algo fosse feito pela prefeitura e com certeza aprovamos essa decisão, que é totalmente embasada em números e dados. Agora a cidade está dando esse primeiro passo e sabíamos que a retomada viria com muitas restrições, mas é necessário para que as coisas comecem a se acertar e até o final do ano tudo esteja ao menos estabilizado", contou Antônio.

Ainda de acordo com o presidente, o setor já vinha passando por um momento difícil antes da pandemia e é fundamental que os comerciantes e empresários passem segurança ao público, para que as pessoas não tenham medo e os clientes voltem a frequentar os espaços e a movimentar a economia local.

"Nós já vinhamos de uma crise econômica e com essa pandemia essa crise se aprofundou. Isso nos preocupa muito, porque as pessoas ficam com medo de gastar, de perder de emprego. Nós do setor temos que oferecer segurança, para que as pessoas não tenham medo e saiam de casa pra frequentar nossos bares e restaurantes", afirmou.

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